O Estados Unidos da América achavam-se, no ano de 1941, em uma delicada situação face à guerra. Apesar do povo não desejar envolver seu país em um conflito que, segundo muitos, nada tinha a ver com os interesses norte-americanos, os fatos mostrariam que a tal proposição era insustentável.
A Alemanha já estava atacando navios mercantes norte-americanos que enviavam material de Guerra à Grã-Bretanha, que se encontrava em situação deseperadora.
Graças a isto, a Esquadra do Atlântico foi reforçada em detrimento da do Pacífico, o que, em conjunto com uma série de tratados anteriores, forçaram a Marinha a adotar uma postura defensiva no Pacífico.
Concomitantemente, os interesses japoneses vinham cada vez mais de encontro aos dos norte-americanos e, como conseqüência, suas conquistas no Extremo Oriente estavam seriamente ameaçadas pelo boicote ocidental a matérias primas essenciais, das mais básicas até a mais crítica, o petróleo, 90% deste sendo oriundo dos Estados Unidos.
Para não ter de retroceder de forma humilhante, não havia alternativa senão buscar fontes de recursos naturais vitais em outras áreas no Sudeste Asiático, e para isto as forças armadas do Ocidente (norte-americana, comunidade inglesa e holandesa, para citar algumas) deveriam ser de imediato neutralizadas, até que o Japão pudesse consolidar e ampliar seus ganhos de forma adequada.
De imediato, a maior ameaça era a Frota do Pacífico dos EUA, e um brilhante plano (alguns historiadores sugerem baseado no famoso e bem sucedido ataque inglês ao porto italiano de Taranto, em 1940) foi cuidadosamente concebido a aniquilá-la. Mesmo com desigualdade de forças envolvidas, a favor dos norte-americanos, o plano japonês seguiu adiante, tendo diversas opções previstas para seu desenrolar.
Seu mento , o grande Almirante Isoruku Yamamoto, desejava que a Operação “Z”, como era codificado o ataque, destruísse de uma só vez as forças norte-americanas do Pacífico, abrindo caminho para as grandes conquistas ás quais o Japão “precisava e merecia por direito”.
No dia 2 de dezembro, Tóquio enviou as palavras “Niitaka yama nobore” (“Escalem o monte Niitaka”) à frota japonesa, dando sinal verde para execução do plano de Yamamoto.
Na bela manhã ensolarada de domingo, dia 7 de dezembro de 1941, o complexo aeronaval de Pearl Harbor permanecia alerta apenas por aguardar qualquer momento de instruções de Washington sobre o começo das hostilidades contra o Japão.
Os planos japoneses, porém, se anteciparam a tais formalidades, e às primeiras horas da manhã, os atacantes, aviões embarcados, sobrevoavam Oahu, e a transmissão codificada “Tora, Tora, Tora”(“Tigre,...”.) foi enviada ao Alto comando japonês, avisando que completa surpresa fora obtido pelos nipônicos.
O que se seguiu foi uma carnificina sem precedentes na história naval norte americana. Além de mini-submarinos, que segundo consta não lograram êxito, duas levas de caças Mitsubishi A6M2, bombardeiros de mergulho Aichi D3A1 e bombardeiros torpedeiros (usados também como bombardeiros de nível) Nakajima B5N2 semearam a destruição sem ter oposição significativa, apesar de bravos esforços por parte dos norte-americanos.
No final da batalha desigual, todos os couraçados norte-americanos estavam destruídos ou seriamente danificados, e diversos outros navios fora de combate ou afundados. Foram perdidos mais de 180 aeronaves da Marinha e do Exército, com milhares de mortos, feridos e desaparecidos. Os japoneses perderam 29 aviões, os 5 mini-submarinos enviados e em torno de 50 tripulantes.
Os navios da Marinha Imperial Japonesa, apesar de esforços norte-americanos, não foram encontrados, pois tinham se afastado para o longo retorno à Pátria, onde seriam recebidos com grandes honrarias
Entretanto, até mesmo Yamamoto sabia que, apesar de ter obtido êxito, este não fora completo. Os porta-aviões não haviam sido destruídos, bem como as instalações de combustível e as oficinas de reparos, e estes fatores (isto seria comprovado pelos fatos em seguida) seriam relevantes na recuperação acelerada dos EUA para o contra-golpe, e a longo prazo obter vitória.
Independente disto, não poderia a nação japonesa esperar mais, e a sorte não estaria mais a seu favor. Todo o poderio Industrial dos EUA seria posto na balança, com a declaração de guerra contra as potências do Eixo, Alemanha, Japão e Itália.
Começava a longa jornada dos norte-americanos até o coração do Império do Sol Nascente, que culminaria com o lançamento de duas bombas atômicas pondo fim a 4 anos de guerra sangrenta.
1ºONDA:Fuchida – 7:40h | 43 caças/51 bomb. de mergulho/40 bomb. torpedeiros/49 bomb. de nível. Totalizando uma força de 183 aeronaves atacando Wheeler, Pearl Harbor*, Kaneohe e Bellows. *por todas as direções.
2ºONDA:Shimazaki – 8:50h | 35 caças/78 bomb. de mergulho/54 bomb. de nível. Totalizando uma força de 167 aeronaves atacando Wheeler , Pearl Harbor* , Kaneohe e Hickam.
*Pearl Harbor pelo norte e nordeste.
Ao todo foram 350 aeronaves atacando a ilha de Oahu das 7:40 até as 9:45h da manhã (2horas e 5 minutos de combate).
Fonte:"Ataque a Pearl Harbor" da editora adler