[Leitura] House to House

De Casa em Casa Fallujah - Uma Memória Épica da Guerra David Bellavia e John Bruning

Um retrato atemporal da coragem dos homens de infantaria dos EUA que entraram no coração da cidade de Fallujah e mergulharam em uma das mais prolongadas e selvagens batalhas urbanas na história dos norte-americanos em guerra.


Um pouco do livro:

Citação :

"... Todos se dirigem aos carros blindados Bradley e se amontoam lá dentro. O interior destes blindados é como um forno móvel no calor do Iraque. Com nossos 25 kg de aparato de guerra - capacete e colete à prova de balas de kevlar, armadura, munição, armas, água e visor noturno - nós suamos litros a cada viagem ...

… Em meio a luta de ontem, meu esquadrão alcançou uma casa com portões e muradas. O sargento Hugh Hall, o baixinho entroncado mais agressivo do nosso pelotão, destruiu o portão e guiou a tropa até o que parecia ser um quintal de fundos. Assim que entramos a parte de frente da casa explodiu. Um enorme pedaço de concreto despencou sobre Hall fazendo que o resto de nós corresse atrás de abrigo. Logo formou-se uma barreira composta por três Bradley blindados abrindo fogo com seus canhões Bushmaster de 25 mm em resposta ao canhão do inimigo. As salvas altamente explosivas destruíam a parte de fora da casa e o estrondo era tão grande que eu mal podia ouvir.
Pelo rádio, Cantrell gritava: “Bellavia, me dá a porra do SITREP (relatório)”. A voz de Cantrell é a única coisa que consegue se sobrepor à cacofonia de uma batalha. Ele tem o dom para isso.
Tonto e confuso, não consegui responder no início. Cantrell não gostou daquilo. “BELLAVIA, VC ESTÁ BEM, PORRA?”
Finalmente encontrei a chance de responder. Eu só ouvia os tiros do Bradley, então gritei em resposta: “Pare de atirar! Vc está acertando nosso local!”
“Seu ##$#@*&* (palavrão), não éramos nós. Era um RPG da porra”, estrondava a voz de Cantrell pelo rádio. “E aí vem outro.”
O topo de uma grande palmeira no quintal dos fundos explode acima de nossas cabeças. Cantrell e os outros Bradley revidam imediatamente abrindo fogo. Pedaços de madeira e folhas em chama caem sobre nós. Hall, já coberto por poeira de concreto, sujeira e sangue, pergunta: “Já mataram aquele fdp?”
Entrem e vão para o telhado”, gritei em meio aos tiros do Bradley. Os homens se moveram para a porta. Ao forçarem sua entrada, eu espiei por um canto da paredee vi um atirador num telhado ali perto. Estudei-o por um momento, sem ter certeza de que lado ele estava. Ele poderia ser um habitante amigável. Nós os havíamos visto antes do tiroteio na milícia negra dos Mahdi que se infiltravam nessa parte da cidade antes da luta. Nem todos com rifles na mão eram inimigos.
O atirador no teto era um adolescente, talvez com 16 anos. Eu podia vê-lo procurando por alvos, suas costas para mim. Ele segurava um fuzil AK-47 sem coronha. Seria ele apenas uma criança estúpida querendo proteger sua família? Seria ele um daqueles fanáticos xiitas de Muqtada al-Sadr? Não tirei os olhos dele e rezei para que abaixasse seu AK e apenas entrasse em casa. Eu não queria atirar nele.
Ele se vira e me enxerga, e eu posso ver o horror em sua doce face. Coloco-o em minha mira do mesmo modo que ele ajusta o AK em seus ombros. O menino não tinha chance. Minha arma precisava de um leve toque na trava e um beijo de borboleta no gatilho.
Por favor, não faça isso. Vc não precisa morrer.
O AK passou para completa prontidão. Ele estava mirando em mim? Eu não conseguia ter certeza, mas o cano apontava em minha direção.
Devo atirar? Arrisco não atirar? Estaria ele tentando me proteger de uma ameaça invisível? Eu não sabia. Eu tinha de tomar uma decisão.
Por favor, me perdoe por isso.
Apertei meu gatilho. O queixo do garoto caiu no seu peito e um gemido gutural escapou de seus lábios. Atirei de novo, errei e puxei o gatilho mais uma vez. A bala rasgou seu maxilar e sua orelha. O sargento Hall apareceu do meu lado, viu o AK e o garoto e acabou com ele disparando quatro tiros em seu peito. Ele caiu sobre o pequeno muro do teto...”

Vou ler com calma depois, se interessar compro o livro.

Mas imagino q seja mais um relato unilateral enaltecendo os soldados americanos que lutaram em uma guerra criada por atitudes geradas pela maneira dos próprios EUA tratarem o mundo. Confere?

noot realy, quer dizer, claro q enrriqece os soldados americanos, mas tratam os iraq como gente tv

Nunca li um livro assim . . . deve ser fera